

O ato teve como objetivo pedir a "independência" do Guarani do "Khadafi" Leonel Martins

Estiveram presentes no evento membros das principais torcidas organizadas do clube, membros da ONG Garra Guarani, além de outros torcedores que são contra a atual gestão. Além de gritos contra o mandatário bugrino, o protesto ainda contou com uma passeata da porta do Brinco até a casa de Leonel.
O ato acabou mudando a rotina do Bugre, já que o local do treino foi mudado de última hora. Os trabalhos da manhã desta quarta, que deveriam acontecer no estádio, foram transferidos para a cidade Jaguariúna. O objetivo foi evitar um possível “mal estar” pelo protesto. O treino da tarde também foi cancelado e o grupo só se reapresenta nesta quinta-feira, às 15h30.
Apesar do receio da comissão técnica, o alvo dos torcedores não era os jogadores. Um dos integrantes do ato, o presidente da torcida organizada Fúria Independente, Richard Souto, deixou isso bem claro.
“Tudo é culpa da diretoria. Essa diretoria omissa não faz nada e só quer saber de vender o Brinco”, esbravejou em entrevista à Rádio Bandeirantes de Campinas. “Eles (diretoria) precisam ter consciência e amor próprio. Ninguém aguenta mais essa diretoria. Se eles amam o Guarani precisam sair. Aproveitamos o 7 de setembro para pedir simbolicamente a independência do Guarani”, completou.
Dívida só aumenta
Além dos maus resultados e do risco de rebaixamento no Brasileiro da Série B, outro ponto que preocupa os torcedores é a crise financeira vivida pelo clube. A dívida total do Bugre já supera a casa dos R$ 130 milhões e o futuro não é nada animador.

O déficit financeiro interfere diretamente na campanha na Série B. Afinal, os jogadores e a comissão técnica estão entrando no terceiro mês de salários atrasados. A última vez que receberam o pagamento, curiosamente, foi na semana que antecedeu o dérbi. Na época, foram acertados dois meses de salários atrasados.
Risco de greve
A situação crítica pode causar mais uma greve de jogadores nos próximos dias. E isso não seria novidade na temporada, já que antes da decisão do Paulista da Série A2 contra o XV de Piracicaba, os jogadores se recusaram a treinar por um dia, cobrando salários atrasados e as premiações pelo acesso.
O presidente da Fúria, Richard Souto, afirmou que a torcida não irá apoiar a greve dos jogadores, mas também evitou críticas ao grupo. Segundo ele, a tentativa dos torcedores será de conversar com atletas e diretoria para evitar que tal fato aconteça.
“Nós não apoiamos greve, mas vamos tentar conversar para que isso não aconteça. Até porque o momento do time na Série B é complicado. Além disso, isso iria denegrir a imagem do clube”, argumentou Souto.
Em meio a este clima turbulento, o Guarani tenta erguer a cabeça para se reabilitar na Série B. O time volta a campo contra o Vitória, nesta sexta-feira, na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara. O time ocupa a 18ª colocação, com 23 pontos, dentro da zona de rebaixamento.
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