Após "pressão" do Sindicato dos Atletas, Guarani promete pagar salários atrasados

A diretoria do Bugre revelou que espera pagar os jogadores até a próxima quinta-feira

Os jogadores estão com dois meses de salários atrasados e junto a isso veio a queda de rendimento do Bugre na Série B, que está na zona de rebaixamento. O coordenador de futebol Waguinho Dias achou importante a reunião com o Sindicato dos Atletas, junto com todo o elenco, mas preferiu não dar um prazo oficial para que as dívidas sejam quitadas.

Campinas, SP, 08 (AFI) - A ameaça de greve dos jogadores parece que deu resultado no Guarani. Nesta quinta-feira, o Sindicato dos Atletas do Estado de São Paulo se reuniu com diretoria e elenco para discutir sobre os salários atrasados. A expectativa é que tudo seja quitado até a próxima semana, no mais tardar quinta-feira.

"É importante essa reunião que tivemos com o Sindicato dos Atletas, pois eles puderam ouvir a posição dos jogadores e também do clube. Ficou claro que todo mundo está correndo atrás para resolver o quanto antes esse problema. Não foi dado nenhum prazo, mas foram dadas as razões desses atrasos salariais", comentou Waguinho Dias.
No entanto, todos sabem que o atraso salarial é algo comum no Guarani desde que Leonel Martins Oliveira. Nesta Série B, o volante Lucas se reuniu com a diretoria e acertou a rescisão de contrato alegando problemas particulares, mas não deixou de citar que os salários atrasados também contribuíram para sua decisão.
Após a desistência do grupo de investidores na compra do Brinco de Ouro, a atual diretoria se deparou com um beco sem saída. Sem dinheiro para contratar e devendo a jogadores e funcionários, o Bugre dispensou alguns atletas para diminuir a folha salarial. Além disso, se desfez de um de seus principais jogadores, o atacante Fernandão, que foi para o Palmeiras.
Tudo isso para abater, pelo menos um pouco, as dívidas que o clube tem acumulado mensalmente. Segundo revela a própria diretoria, o Alviverde tem gastado por mês cerca de R$ 1 milhão, mas sua arrecadação gira em torno de R$ 150 mil e R$ 200 mil, um déficit de mais de R$ 800 mil. O que só faz aumentar a dívida geral que é de mais de R$ 130 milhões.