quarta-feira, 31 de julho de 2013

Botafogo x Vitória - Fogão tenta retomar a liderança contra o Leão

 No jogo mais aguardado da 10ª rodada, pelo o que os dois times vem demonstrando na competição, o Botafogo desafia o Vitória nesta quinta-feira, às 19h30, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, pelo Campeonato Brasileiro. Ambos entram em campo com a mesma missão: brigar cada vez mais por uma vaga no grupo de classificação para a Copa Libertadores da América e porque não pela liderança.
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O Botafogo vem de um tropeço na última rodada, que fez com que perdesse a chance de assumir a liderança da competição. O resultado só foi considerado ruim, pois o Fogão estava vencendo o clássico diante do Flamengo até os minutos finais da partida, quando no último minuto, o volante Elias fez o gol de empate do Mengão. Isso fez, com que o Alvinegro caísse para a terceira posição com 17 pontos, um a menos do que o líder Cruzeiro.

Já no Vitória é só alegria. O time é uma das surpresas da competição e já esteve brigando ponto a ponto pela liderança do Brasileirão. Atualmente, o Leão é o sexto colocado com 15 pontos, três a menos do que o Cruzeiro e dois do que o Coritiba, primeiro integrante do G4 e clube em que o Rubro-Negro arrancou um empate no jogo passado.

Tudo pronto no Fogão
O Botafogo não terá novidades para o confronto diante do Vitória. O técnico Oswaldo Oliveira optou por escalar o mesmo time que empatou com o Flamengo por 1 a 1. Durante os treinamentos, o treinador trabalhou muito as cobranças de bola parada, que vem sendo o diferencial na campanha do Fogão na temporada.

Confirmado mais uma vez entre os titulares, o holandês Seedorf cobrou a presença dos torcedores no Estádio do Maracanã. O meia-campista quer que a torcida do Botafogo seja um verdadeiro 12º jogador e que faça com que o adversário tenha que superar mais esse desafio.

Desfalques no Leão
O Vitória vai com desfalques até o Rio de Janeiro enfrentar o Botafogo. A ausência mais sentida é a do zagueiro Victor Ramos. O defensor tomou o terceiro cartão amarelo diante do Coritiba e terá que cumprir suspensão automática diante do Fogão.

Além dele, Nilo Paraíba, com um problema no púbis, e André Lima, que sofreu uma contusão no joelho na partida contra o Coritiba, estão fora do duelo. Com isso, Danilo Borges assume a lateral-direita, Gabriel Paulista forma a dupla de zaga com Fabrício e o ataque será novamente composto por Maxi Biancicchi, artilheiro da competição e Dinei.

Santos inicia 'faxina' no elenco e negocia argentinos Patito Rodríguez e Miralles

Após uma reformulação no setor administrativo do clube, a diretoria do Santos iniciou a “faxina” no elenco com as negociações dos argentinos Miralles e Patito Rodríguez, que estavam encostados na Vila Belmiro. O primeiro se transferiu em definitivo para o Atlante, do México, enquanto Patito atuará no Estudiantes, da Argentina, por empréstimo de 12 meses.
Miralles e Patito não tiveram nenhuma oportunidade desde que o técnico interino Claudinei Oliveira assumiu o comando do time. Miralles não foi relacionado para nenhuma das nove partidas do Santos no Campeonato Brasileiro. Já Patito esteve presente em dois jogos da competição, mas ainda sob o comando de Muricy Ramalho.
Patito Rodríguez, que aguarda apenas a assinatura contratual para ser apresentado no Estudiantes, tem contrato com o Santos até 2016. O clube precisou da ajuda de investidores para acertar a contratação do argentino no ano passado. Os empresários pagaram cerca de R$ 6 milhões em duas parcelas por 50% dos direitos econômicos e repassaram ao time da Vila Belmiro. A outra metade pertence ao Independiente, da Argentina.
Miralles, de 31 anos, que chegou a Vila Belmiro após uma troca envolvendo o meia Elano com o Grêmio, tinha contrato até dezembro de 2014. Os valores da transferência como clube mexicano não forma revelados, mas a Teisa, grupo de investidores formado por conselheiros influentes do Santos, ficará com 20% do valor da transferência.
Miralles teve uma boa fase no Santos no início desta temporada, quando venceu a concorrência com André, hoje no Vasco, por uma vaga no ataque santista, e chegou a dividir com Neymar a artilharia do time no Campeonato Paulista. No entanto, o argentino encarou seguidas lesões musculares e não conseguiu se firmar mais como titular.
Pelo Santos, Miralles jogou 34 vezes e marcou 12 gols. Patito, por sua vez, disputou 39 jogos e marcou apenas dois gols.
A “faxina” no elenco santista começou com as saídas do jovem lateral esquerdo Paulo Henrique e do meia João Pedro para o futebol português, além do afastamento dos atletas que retornaram de empréstimo – casos de Anderson Carvalho e Breitner, que treinam separado do elenco, e Dimba e Crystian, emprestado ao Boa Esporte, e Vinicius Simon, emprestado ao Sport.

Retrancado, São Paulo perde de pouco do Bayern de Munique

O São Paulo se segurou como pôde diante da imensa superioridade do Bayern de Munique, mas acabou sucumbindo no segundo tempo e foi derrotado por 2 a 0 na estreia da Copa Audi, nesta quarta-feira, na Allianz Arena, na Alemanha. O time brasileiro jogou fechado e foi encurralado pelo toque de bola e a marcação por pressão do adversário, que acabou chegando à vitória na etapa final com os gols de Mandzukic, aos nove minutos, e Weiser, aos 40.
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Com a vitória, o Bayern de Munique avançou à decisão do torneio, que acontecerá quinta-feira, na qual enfrentará o Manchester City, às 15h30 (de Brasília). O time inglês venceu o Milan por 5 a 3 depois de estar na frente por 5 a 0 nesta quarta. Já o São Paulo terá que se contentar com a disputa do terceiro lugar, justamente diante do Milan, às 13h30.
Esta foi a 13.ª partida consecutiva sem vitória do São Paulo, que se vê imerso em uma crise que parece não ter fim. E o resultado poderia ter sido muito pior para a equipe brasileira se não fosse Rogério Ceni, que fez grandes defesas e impediu uma goleada nesta quarta. No entanto, o goleiro perdeu um pênalti nos últimos minutos, quando o Bayern vencia por 2 a 0.
Para o time alemão a vitória foi importante para recuperar da derrota na decisão da Supercopa da Alemanha para o Borussia Dortmund, no sábado. Agora, os comandados de Pep Guardiola poderão conquistar seu primeiro título na temporada.
Sem gols
Como era de se esperar, o Bayern começou dominando a posse de bola e encurralando o São Paulo, que se desdobrava na marcação e esperava criar chances no contra-ataque. Em um deles, Aloísio arriscou de fora da área, exigindo defesa de Neuer. Mas logo aos 12 minutos, o time brasileiro sofreu uma baixa: o zagueiro Paulo Miranda, que sentiu lesão muscular e precisou dar lugar a Edson Silva.
Aos 15 aconteceu a primeira chegada do Bayern. Wellington cometeu falta em Robben na intermediária, o próprio holandês bateu e Rogério caiu para fazer boa defesa. Aos 20 minutos, Ribery cobrou escanteio da esquerda em jogada ensaiada com Robben, que esperava fora da área e bateu de primeira, bonito, com perigo.
Aos poucos a posse do Bayern começou a se tornar pressão e o time alemão passou a arriscar muitos chutes a gol com Robben e Lahm, sempre de fora da área. Aos 31, novamente Robben levou perigo. Após passe pelo meio, a zaga falhou e a bola sobrou para o holandês, que, pego de surpresa, bateu fraco, em cima de Rogério Ceni.
Aos 37, o São Paulo errou na saída de bola, o Bayern retomou e Toni Kroos deu lindo passe para Lahm, que foi à linha de fundo e cruzou rasteiro. Pizarro chegou batendo e só não marcou o primeiro porque Rafael Toloi, em cima da linha tirou. Mais um minuto e Ribery arrancou, tocou para Alaba, que, de frente para o gol, bateu. Rogério Ceni cresceu para cima dele e salvou.
O Bayern de Munique sufocava o São Paulo, que se segurava como podia. Aos 40 minutos, Rogério voltou a salvar após boa jogada de Ribery e Pizarro que Robben finalizou. Mais dois minutos e o holandês, que estava impossível, recebeu lançamento, dominou com classe e tentou por cobertura, mas exagerou na força.
Finalmente, os gols
O São Paulo voltou para o segundo tempo com Ganso na vaga de Osvaldo, e o Bayern com Mandzukic no lugar de Pizarro. Demorou apenas quatro minutos para que o croata levasse perigo, em cabeçada por cima do gol. E seria o próprio atacante que marcaria o primeiro. Aos nove minutos, Robben cruzou da direita, Edson Silva desviou e a bola sobrou para Mandzukic bater.
O gol não mudou o panorama do jogo. Em um contra-ataque puxado com perfeição, Alaba encontrou Thomas Müller, que só não marcou porque Rogério impediu novamente. Shaqiri ainda tentou em um chute de longe, mas à medida em que os reservas iam a campo, a partida ia perdendo em competitividade. O Bayern ainda criou nova chance com Mandzukic, que bateu à queima roupa, mas Rogério fez grande defesa.
Mesmo sem forçar, o Bayern de Munique chegou ao segundo gol aos 40 minutos. Shaqiri fez boa jogada e bateu da entrada da área na trave. No rebote, Weiser dominou e, com tranquilidade, tocou para o gol vazio. No minuto seguinte, o árbitro viu pênalti em Silvinho, Rogério foi para cobrança e perdeu a chance do gol de honra.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Bill acerta retorno ao Coritiba

Um velho conhecido da torcida coxa-branca está de volta. Trata-se do atacante Bill, que foi um dos grandes nomes do time na campanha que resultou o acesso para à Série A do Campeonato Brasileiro em 2010 e do bicampeonato Paranaense do mesmo ano e 2011.
Nos últimos dias, Bill já era visto treinando no CT da Graciosa. Porém, o acerto era negado por ambas as partes, utilizando a desculpa de que o jogador estava apenas utilizando o estabelecimento do Coritiba para manter o físico. O acordo foi fechado nesta segunda-feira, entre o jogador, a diretoria e a comissão técnica do clube.
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Já com o nome regularizado no Boletim Informativo Diário, o BID, Bill deverá se colocar à disposição do treinador para a partida do final de semana diante do Vitória. O embate está marcado para este domingo, às 18h30, no Estádio do Couto Pereira.

O atacante, que tem passagens por clubes como Bragantino, Corinthians, Santos e Al-Ittihad, tem a missão de ajudar o Coritiba a voltar à liderança do Brasileirão. Atualmente, o Coxa está na segunda colocação com 16 pontos, os mesmos do líder Botafogo.

Rooney agora está desesperado para ser negociado

A relação de Wayne Rooney com o Manchester United chegou a um ponto insustentável.

Fontes próximas ao jogador fizeram saber que ele está "confuso e com raiva" depois de alguns comentários feito pelo novo comandante do United, David Moyes, sugerindo que ele é segunda opção para Van Persie.

Rooney, que abandonou a pré-temporada do Manchester United pela Austrália e Ásia com um problema no músculo da coxa, está revoltado com o escocês e sente que não tem mais futuro para ele em Old Trafford.

"De forma geral, minha ideia para Wayne é que, se por qualquer motivo Robin van Persie sofrer uma lesão, vamos precisar dele," disse Moyes no fim de semana. "Quero ter o máximo de opções possível."

Rooney expressou sua raiva para a hierarquia do United e segue convencido de que não pode mais continuar no clube. Como revelado em maio pela Goal, Chelsea e Arsenal competem pela sua assinatura.

O conflito entre Rooney e os Red Devils deve ficar ainda mais tenso nas próximas semanas, depois que o jogador submeter um pedido oficial de transferência.

A posição oficial do clube é de que Rooney não será vendido, mas os comentários de Moyes são vistos como calculados justamente para provocar a estrela inglesa, que ainda tem dois anos no seu contrato mas sente que está no pico da sua carreira depois de nove anos no Teatro dos Sonhos.

Rooney ficou ainda mais nervoso com Ed Woodward, diretor executivo do United, que revelou que o clube não irá oferecer um novo contrato a ele e está preparado para deixá-lo cozinhando até o acordo atual acabar.

Woodward disse: "Não há renovações de contrato a serem discutidas. Não vou sentarcom nenhum jogador para falar sobre isso e não temos nenhum prazo para fazê-lo. Se ficaríamos com medo de deixar o contrato correr até o fim? Claro que não."

Rooney está cada vez mais frustrado com seu status rebaixado em Old Trafford, que culminou com a sua barração antes do jogo mais importante do time na última temporada: o duelo pelas oitavas-de-final da Champions League, contra o Real Madrid.

Ao contrário das informações que diziam que a relação desgastada de Rooney e Sir Alex Ferguson era o motivo central para o seu desejo de deixar o clube onde chegou em 2004, fontes afirmam que o jogador se opõe mesmo a trabalhar com Moyes, que foi seu primeiro técnico profissional e com quem ele já teve uma briga pública, logo depois de deixar o Everton.

domingo, 14 de julho de 2013

City libera planos de expansão do estádio



Manchester City abriu o Etihad Stadium hoje para os torcedores e explicar o seu plano de expansão do estádio.

O clube também está pedindo opiniões dos torcedores, principalmente onde a torcida visitante deve se localizar no estádio.

A intenção do clube é aumentar a capacidade do Etihad de 48 mil pessoas  para 60 mil, então 12 mil novos assentos seriam criados.

A arquibancada sul seria a primeira a ser expandida com 6 mil lugares e acrescentando mais 600 assentos para a torcida visitante.

Dependo da demanda, logo em seguida o City acrescentaria um terceiro piso na arquibancada norte com mais 6 mil lugares. 

Com esses novos assentos o clube irá criar um novo seasoncard no valor de apenas £300 libras por temporada, também seria criado 2400 assentos premium com um novo bar, pátio e um melhor programa de hospitalidade.  

sábado, 6 de julho de 2013

Paulinho chega a Londres para fazer exames e assinar com Tottenham

Após se despedir do Corinthians na última segunda-feira, o volante Paulinho já está em Londres para se apresentar como novo jogador do Tottenham Hotspur. De acordo com o jornalThe Guardian , o brasileiro chegou à capital inglesa na madrugada desta quinta-feira, para realizar exames médicos nesta sexta e assinar com os Spurs por cinco anos.
Ainda com data indefinida, a apresentação do atleta pode acontecer até neste fim de semana, após a assinatura do contrato. Segundo a BBC, o jogador se encontrará com o presidente do Tottenham, Daniel Levy, e o técnico da equipe, André Villas-Boas, para conhecer o seu novo clube.
Destaque brasileiro e eleito o terceiro melhor jogador da Copa das Confederações, Paulinho foi comprado por 20 milhões de euros (aproximadamente R$ 58,3 milhões). Metade do valor (R$ 26,5 milhões) ficará com o Corinthians e o restante com o Audax-SP, clube que detém 50% dos direitos do volante. No Tottenham, ele jogará ao lado dos brasileiros Sandro, ex-Internacional, e Gomes, goleiro que volta de empréstimo do Hoffenheim.
Divulgação
Nesta sexta-feira, Paulinho assinará contrato com Tottenham por cinco anos

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Wilshere se empolga com possíveis chegadas de Rooney e Higuaín

Nas últimas temporadas, o Arsenal viu seu elenco se enfraquecer com a saída dos principais jogadores, que alegavam falta de motivação para seguir na equipe já que a diretoria não investia na contratação de grandes nomes. E para não ver a história se repetir nesta janela de transferências, os dirigentes do time de Londres já miram estrelas como Wayne Rooney e Gonzalo Higuaín.
Os principais alvos dos Gunners estão vivendo momentos turbulentos em Manchester United e Real Madrid, respectivamente, e já teriam declarado a seus representantes o desejo de mudar de ares na temporada 2013/14. Rooney estava insatisfeito ainda na era Alex Ferguson e a imprensa britânica afirma que o camisa 10 já avisou o técnico David Moyes que não seguirá em Old Trafford.
Companheiro de Rooney na seleção da Inglaterra, o meia Jack Wilshere se empolga com a possibilidade de atuar ao lado do atacante também no Arsenal, principalmente pelo peso que a presença do astro do United traria para o elenco. “Ele é o tipo de jogador que pode ganhar troféus e que os adversários temem ao ver o nome na escalação”, destacou ao Daily Mirror.
Se para trazer Rooney o Arsenal teria a concorrência de gigantes como Barcelona, Bayern de Munique e Chelsea, a situação de Higuaín parece mais próxima de acontecer. O irmão do centroavante argentino tem mantido conversas com a diretoria do Arsenal e trata a negociação como certa, mais um motivo para animar Wilshere.
“Olhar para jogadores do calibre do Higuaín e ver que a diretoria está tentando trazê-los faz com que a gente fique animado para a temporada”, exaltou o meio campista, mostrando discurso diferente do apresentado por Samir Nasri, Cesc Fabregas e Robin van Persie quando deixaram o Emirates Stadium nos últimos anos.

Nesta segunda-feira, o russo que revolucionou o futebol inglês completou uma década

Real Madrid e Manchester United se enfrentavam em Old Trafford, e Ronaldo e David Beckham, que marcaram cinco gols na partida entre eles, dividiriam todas as manchetes do dia. Mas algo muito mais importante do que a incrível vitória do Real Madrid pela Champions League acontecia naquela noite. Nas arquibancadas, a impressionante atmosfera do estádio e o espetáculo em campo cativaram alguém que estava, pela primeira vez, assistindo a uma partida de futebol ao vivo. E ele tomaria uma decisão, naquele momento, que mudaria a cara do futebol inglês.

O homem era Roman Abramovich. O bilionário russo, que estava acompanhado do amigo Avram Grant, deixou o Teatro dos Sonhos com uma ideia na cabeça: precisava comprar um clube de futebol. Depois de estudar a possibilidade de adquirir o Tottenham e o Fulham, optou pelo Chelsea, que ele comprou por tímidos 140 milhões de libras. O resto é história.

Os dez técnicos de Abramovich
Claudio Ranieri (2000-04)
José Mourinho (2004-07)
Avram Grant (2007-08)
Luiz Felipe Scolari (2008-09)
Guus Hiddink (2009)
Carlo Ancelotti (2009-11)
André Villas-Boas (2011-12)
Roberto Di Matteo (2012)
Rafael Benítez (2012-13)
José Mourinho (2013)
Nesta segunda-feira, Roman Abramovich completou dez anos de Chelsea. Em todo este tempo, ele concedeu apenas uma entrevista. Silencioso, ele causou um enorme barulho na Inglaterra com seu estilo agressivo e pouco 'democrático' de fazer negócios. Abramovich quer, Abramovich consegue. Esta é a história dos últimos dez anos nos Blues. A sala de troféus do clube, por exemplo, jamais havia sido tão frequentada como na última década. Os barulhos da prataria sendo mexida para lá e para cá se tornou algo comum desde que ele chegou, já que em todo fim de temporada é preciso encontrar espaço para mais taças e medalhas.

Em dez anos, foram mais de 700 milhões de libras investidas somente em contratações. Muitos erros foram cometidos, mas o bolso sem fundo de Abramovich significa que o Chelsea não perdeu tempo se lamentando por dinheiro jogador fora e simplesmente partiu para a próxima. A gastança desenfreada, classificada por Arsene Wenger como 'doping financeiro', conquistou a antipatia de muitos, mas também muito sucesso, e, sem sombra de dúvidas, foi o catalizador de uma revolução no futebol inglês. O Chelsea passou de um clube médio a um dos maiores papa-títulos do país. Na última listagem dos maiores clubes do mundo, eles apareceram em quinto lugar, à frente de equipes que, historicamente, sempre foram camisas de peso, como Liverpool, Arsenal, Milan e Juventus.

Frank Arnesen, que foi chefe do departamento de estatísticas e diretor das categorias de base do clube por seis anos sob o comando de Abramovich, em entrevista à BBC, descreveu o chefe como alguém que se preocupa com o desenvolvimento de novos talentos, quer ver seu time jogando um futebol atraente e considera todas as suas decisões profundamente antes de chegar a uma conclusão.

A imagem descrita por Arnesen contradiz tudo aquilo que se vê de Abramovich pelo lado de fora. Um homem teimoso, com uma determinação que beira a intolerância por vezes e, principalmente, muito impaciente. Que o digam os dez técnicos que ele contratou - e demitiu - em dez anos, algo incomum no futebol inglês.

José Mourinho, que assume o time novamente este ano, está em sua segunda passagem. Mesmo o 'Special One', primeira contratação de Abramovich para o comando do time e que colocou o novo Chelsea nos eixos conquistando duas vezes seguidas a Premier League - algo inédito na história do clube até então - não resistiu à ira do russo. Abramovich se cansou dos ataques de estrelismo do português, do seu estilo de jogo e da recusa em considerar as opiniões de outros membros da diretoria. Segundo reza a lenda, Mourinho teria dito a Abramovich que 'duvidava' da coragem dele de demití-lo. Hoje, ninguém mais duvida disso.

Depois dele vieram Avram Grant, o amigo do peito, Luiz Felipe Scolari e Guus Hiddink. Todos tiveram o mesmo destino, alguns de forma mais precoce que outros - caso de Felipão. Carlo Ancelotti veio a seguir, e conseguiu, de cara, títulos importantes, o que garantiu a ele uma sobrevida maior. Mas não passou disso. Depois, mais uma sucessão de pequenos reinados: André Villas-Boas, Roberto Di Matteo e Rafael Benítez. E nesse meio tempo o Chelsea não parou de conquistar títulos. Tudo isso disse ao russo que, apesar dele ter ido contra todas as regras do bom senso, tudo o que ele fez deu certo. O mais importante não era um clima de paz e tranquilidade para seus treinadores trabalharem; o mais importante era ter o melhor time.

A cobiçada taça da Champions League, finalmente em Stamford Bridge


Claudio Ranieri, o primeiro técnico de Abramovich no Chelsea, não foi contratação sua. O italiano já estava lá quando o russo aportou em Stamford Bridge. A opinião dele ao ir embora mesmo tendo ficado em segundo lugar, atrás penas do histórico Arsenal que foi campão invicto, era de que 'Roman não entende nada de futebol'. Arnesen concordou, mas só em partes. No começo, ele contou, o russo realmente estava apenas começando a sentir o feeling do negócio e não entendia muito sobre o esporte. Hoje, dez anos depois, ele já sabe exatamente o que quer. E o que ele quer é tudo.

O legado de Abramovich vai muito além de algumas das contratações mais caras do mundo do futebol, das cabeças roladas e dos títulos. Ele também investiu em infraestrutura. Gastou 20 milhões de libras no centro de treinamento de primeira categoria do Chelsea, o Cobham, que também recebe os times juvenis. Muitos talentos nasceram na base do clube nos últimos anos. Mas, por motivos difíceis de compreender, nenhum conseguiu se firmar na equipe principal.

Os gastos em contratações
2003-04: £121.3M
2004-05: £92.2M
2005-06: £54.2M
2006-07: £66M
2007-08: £50.5M
2008-09: £24.2M
2009-10: £21.5M
2010-11: £95.8M
2011-12: £71.5M
2012-13: £86.5M
O motivo, é claro, é o foco. Apesar de compreender que um bom investimento nas categorias de base e nos jovens jogadores pode poupar muitos milhões de libras em transferências, Abramovich optou por uma tática mais agressiva no mercado de forma a transformar o Chelsea em um clube vitorioso e colocá-lo entre os maiores da Europa mais rapidamente. Neste período, foram 11 títulos de grande relevância, que incluem três coroas da Premier League, quatro FA Cups, duas Copas das Liga, uma Liga Europa, além, é, claro, da almejada Champions League de 2012.

Depois de gastar mais de 50 milhões de reais em multas para rescindir contratos de treinadores, Abramovich espera estabilizar o Chelsea sob o comando de Mourinho e começar a aproveitar melhor os frutos das categorias de base. Muito disso se deve à regra de fair play da FIFA, que regula os gastos e os prejuízos dos clubes e já fez uma vítima na Espanha, o Málaga. A contratação de Mourinho, entretanto, inspira certa contradição de interesses, já que o português é famoso por ser gastão. Mal chegou e Abramovich já começou a assinar cheques. O primeiro deles foi pela contratação do alemão André Schurrle, do Bayer Leverkusen, por 18 milhões de libras. O próximo alvo é Edinson Cavani, do Napoli, que não sai da Itália por menos de 60 milhões de euros.

Para tentar equalizar os gastos, o Chelsea tenta se desfazer de vários jogadores que não tiveram o retorno esperado, como Marko Marin e Fernando Torres. Apesar dos gols importantes na reta final da última temporada, o espanhol não convenceu o patrão e, segundo a imprensa britânica, também não inspira simpatia em Mourinho. Depois de muito insistir em ver seus 50 milhões de libras rendendo, parece que Abramovich desistiu de El Niño. Ele inclusive foi oferecido como parte do pagamento por Cavani, mas Aurelio Di Laurentiis, presidente do clube italiano, recusou a proposta. 

As sugestões de que Abramovich estaria se cansando da sua aventura esportiva e em busca de um comprador para o Chelsea parecem mesmo se tratar de uma grande mentira. Depois da conquista do título da Champions League, o presidente do clube, Bill Buck, disse que o discurso dele de agradecimento aos jogadores no vestiário acabou com as seguintes palavras: 'Este é apenas o começo'.

E parece que a próxima década vai começar exatamente como terminou a última: com a mão muito aberta.